segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Then we build our house of cards, and we wait for it to fall.

Hoje recebi um e-mail que citava uma frase que Woody Allen uma vez disse: "Nós somos a soma das nossas decisões." E que saber? Ele estava certo.

Quantas vezes fazemos escolhas sem pensar no que elas nos transformarão? Escolhemos uma roupa pra vestir, um lugar pra ir, uma música pra escutar, e não percebemos que são essas escolhas que ao longo da vida nos moldam para sermos o que somos hoje, ou o que seremos amanhã. Não pensamos que essas atitudes nos impedirão de conhecer um futuro amigo, de ser feliz em uma carreira, ou de apenas se sentir bem consigo mesmo. Não percebemos que essas atitudes se acumulam e nos mudam.

Muitas vezes fazemos as escolhas pensando que essas são as melhores possíveis, mas nos enganamos. Tomamos uma decisão errada que só iremos perceber algum tempo depois. Talvez muito tempo depois.

Não sugiro que percamos tempo pensando no que fazer ou não. Mas, sim, que ao escolher um caminho tenhamos a consciência de que ele, diferentemente do deixado para trás, nos levará a novas e infinitas possibilidades.

Sendo assim, não desistirei de construir meu castelo de cartas. E se o vento soprar e derrubá-lo, unirei minhas forças e tentarei reerguê-lo. Pois só assim, quando o fim da grande estrada chegar, olharei para trás e pensarei: Deixei o caminho mais florido.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Where'd you go? I miss you so.

Ontem me veio à cabeça: fez, no domingo, oito anos da morte do meu vô. Não só do meu vô, mas do meu amigo, minha metade. Mesmo eu sendo uma criança quando ele morreu, carrego comigo memórias boas, e muitas saudades.

A morte é bandida. Te tira a pessoa amada. Te tira os momentos que estariam por vir, e toda a felicidade que poderia ser construída. Te tira do seu rumo, dos seus sonhos, do seu destino. Meu destino era ter esse amigo pra sempre. Sempre ao meu lado, me olhando, me ensinando, apenas vivendo.

Não me lembro muito, mas minha mãe me conta que eu era a neta querida; a protegida. E quem é essa morte pra chegar do nada e me tirar isso? Me tirar aquele que seria o que me entenderia. Eu tinha esse direito, essa vontade. Mas agora nada além das memórias me traz ele pra perto.
Pior que essa atrevida da morte, é a saudade que ela traz. Ô saudade maldita. Saudade que dói, corrói. Saudade que deixa um buraco, um vazio.

É, agora eu sou vazio.

domingo, 19 de outubro de 2008

I can't remember how it feels.

Meus pais são separados. Não que isso seja uma coisa ruim. Pelo menos não no meu caso. Mas é em momentos como esse que você percebe como as pessoas são "amigas" e simpáticas por conveniência. Quando éramos a "família feliz", a família do meu pai sempre foi a minha família. Mas parece que a separação não foi só dos meus pais, mas sim da família toda, mesmo que meus pais continuem se falando normalment e sendo amigos. As festas e reuniões, antes mais presentes, agora são raras. E quando acontecem, como nesse final de semana que fui na casa da minha vó, parece que não é o lugar ao qual pertenço.

Não parece mais a minha família. Em alguns momentos paro, por não mais que uns segundos, e fico apenas observando, e parece que nisso tudo sou só uma observadora. Parece que aquela vida não é mais minha.

Agora eu apenas observo.







sexta-feira, 17 de outubro de 2008

It's in the ABC of growing up.


Ontem à noite recebi a notícia de que eu passei no primeiro vestibular que eu prestei. Na verdade é em uma faculdade que é consideravelmente fácil de se passar, mas mesmo assim, é o começo da minha "carreira" de vestibulanda.

Meu sonho desde pequena foi morar nos EUA, e há algum tempo atrás decidi ver como que fazia para entrar em uma universidade lá. Essa semana fui em uma empresa especializada nisso para ver quais eram os gastos e os requerimentos para fazer esse programa. Decepção total. Caro demais. Mas não paro de pensar nem um segundo em como seria a minha vida se desse certo. Já imaginou: 4 anos fora, no país dos meus sonhos, levando a vida dos meus sonhos e estudando um curso que eu gosto? Mas como a maioria dos grandes sonhos, provavelmente, esse também não vai dar certo.

Então, acho que vou tentar fazer um curso por aqui mesmo. Espero que pelo menos passe em uma federal, já que esse é o "sonho reserva". Não estudei muito o ano todo, mas agora que é final de ano vou me matar de fazer exercícios, quem sabe assim eu consiga né?

Everyday, I try just to breath.


Eu sou egoísta. É, eu sou. Talvez não de um jeito ruim, mas eu sou. Sou egoísta quando busco o que quero. Não que eu prejudique os outros para conseguir o que eu quero, mas na verdade não me importo tanto com os sonhos dos outros tanto quanto me importo com os meus.

Isso não deve ser errado. Afinal, é a minha vida, a minha felicidade. Às vezes vejo aqueles filmes com finais felizes, e por um momento, ou mais que isso, me empolgo e penso: "Nossa, realmente é só eu correr atrás dos meus sonhos e aí eu posso ser feliz." Mas aí o momento passa, e eu percebo que não é tão fácil quanto eles mostram. Deveria, mas não é.

Esse blog vai ser como uma válvula de escape. Pra mim e pra quem quer que o leia. Talvez você se identifique comigo, ou apenas pense que sou mais uma idiota, ou talvez ninguém nunca leia isso. Vou contar sobre minha vida, minhas alegrias, meus fracassos, meus pensamentos e idéias, minhas histórias e, principalmente, meus sonhos, porque é assim que eu sou: movida pelos meus sonhos.